domingo, 27 de abril de 2014

Procuram-se Estudantes


Olá, Pessoal!
Durante os dias que se passaram os nossos alunos e alunas do Ensino Médio analisaram juntamente com os seus tutores o texto de Thomaz Wood Jr. publicado na revista eletrônica da Carta Capital. O texto faz uma reflexão muito interessante sobre o aluno e o estudante.
Segue abaixo o texto na íntegra, pois acreditamos que as discussões e considerações devem continuar no ambiente familiar sempre com o objetivo da melhor formação e desenvolvimento de nossos alunos e alunas.
Aproveitamos para a agradecer a professora Alessandra Garcia pela maravilhosa contribuição.
Boa Leitura!

Procuram-se estudantes

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção
por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja.

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes.

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.

Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está.

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.



sábado, 12 de abril de 2014

Boas notas no colégio resultam em salários maiores

Olá, Pessoal!
Em março foi divulgada pela Fundação Itaú Social em São Paulo a conclusão da pesquisa: "A Relação entre o Desempenho Escolar e os Salários no Brasil".
Segundo Naércio Aquino Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e um dos autores da pesquisa, "A conclusão mostra que aprender na escola e tirar notas maiores vai aumentar o potencial do jovem no mundo do trabalho".

Veja reportagem de Louise Sversut veiculada pela TV Cultura em 18 de março de 2014.


Você também pode ver o trabalho completo no link:
http://www.fundacaoitausocial.org.br/_arquivosestaticos/FIS/pdf/pesquisa_ensino_salario.pdf

Bons estudos!

sábado, 5 de abril de 2014

USP e as Profissões



Olá, Pessoal!
Já estão abertas as inscrições para as visitas monitoradas de todos os campus da Universidade de São Paulo. Mesmo que você não tenha interesse em estudar na USP, acreditamos que seja enriquecedor a visita à um campus universitário. Vivenciar a rotina dos alunos, o movimento e a atmosfera, poderá inspirá-lo e motivá-lo com relação à escolha de uma carreira.
Já para os pais e responsáveis fica a dica, às vezes nossos filhos e filhas precisam de um apoio e, conhecer estes locais juntamente com eles pode trazer a tranquilidade e a confiança que faltavam nesta tarefa de optar por uma carreira.
Acesse o link:
http://prceu.usp.br/uspprofissoes/wp-content/uploads/2014/01/calendario_USPPROF_2014.pdf